Entre os brancos, também podemos optar por vinhos mais leves ou mais pesados. Na verdade, uma mesma uva pode produzir vinhos de vários estilos. O quadro acima mostra a diferença de cores entre um chardonnay da região de Chablis (Borgonha, França) e outra do Napa Valley (Califórnia, EUA). A diversidade não se restringe à cor: o chardonnay de Chablis costuma ser muito mais fresco que o de Napa, porque passa menos tempo na madeira |
Apesar do o calor, os brasileiros insistem em tomar vinhos tintos encorpados e torcem o nariz quando alguém sugere um branco. As pessoas por aqui têm preconceito com vinho branco. Quando comecei a beber vinho, boa parte dessas pessoas adorava o vinho branco docinho alemão (ou pior, tipo alemão) da garrafa azul. Não queria saber de tinto. Aí, alguém contou para elas que aquele vinho era uma porcaria e que o bacana era beber vinho tinto. Com certeza, foi alguém que sabia só um pouquinho mais de vinho do que elas. Gente, quem diz que vinho de qualidade tem de ser tinto não entende nada do assunto. Afirmar que vinho branco não presta é o mesmo que dizer que sorvete para ser bom tem de ser de chocolate. Não se pode confundir o tipo do vinho com a sua qualidade. Assim como há tintos memoráveis, há grandes brancos: um grand cru de Montrachet (sub-região da Borgonha, na França), por exemplo, é um vinho que pode ser guardado por décadas e, dependendo do prestígio do produtor, chega a custar bem mais de mil reais por garrafa.